Para muitos de nós que estamos em processo de recuperação, as lembranças
da infância estão cheias de medos porque nos sentíamos indefensos. Se fomos
criados em uma família fora de controle, na qual descuidavam de nós, avusavam
ou nos expunham à violência domésstica e a um comportamento disfuncional, o
pensamento de impotência pode ser aterrador. Talvez até tenhamso prometido
nunca mais ser tão vulneráveis como quando éramos crianças.
Jesus nos diz que, para
entrar no Reino de Deus, devemos ser como crianças, e isso incui ser
impotentes. Ele disse: “Eu afirmo a vocês
que isto é verdade: quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca
entrará nele.”(Mc 10.15)
Em qualquer sociedade,
as crianças são os membros mais dependentes. Não têm nenhum poder natural para
se autoproteger; não têm meior para garantir que a sua vida seja segura, cômoda
e satisfatória. As crianças pequenas são particularmente dependentes do amor,
dos cuidados e da proteção de outros nas susas necessidades mais básicas. Elas
precisam chorar, mesmo que nem saibam exatamente do que é que necessitam. Precisam confiar sua vida a alguém que
é mais poderoso que elas e têm a esperança de que serão ouvidas e cuidadas com
amor.
Se queremos curar a
nossa vida, nós também temos de admitir que somos verdadeiramente impotentes.
Isso não significa que tenhamos de nos transformar outra vez em vítimas.
Reconhecer a nossa impotência é uma apreciação franca da nossa situação na vida
e um passo positivo para a recuperaçào.