Pode ser muito humilhante admitir nossa impotência, especialmente se
somos usados a fim de manter-nos sob controle. Podemos ser fortes em algumas
áreas de nossa vida, mas perder o controle sobre comportamentos compulsivos. Se nos recusamos admitir nossa impotência, podemos
perder tudo. Essa parte impossível de ser manejada em nossa vida pode infestar
e destruir tudo mais.
As experiências do
comandante do exército da Síria, chamado Naamã, ilustram a veracidade do que
foi dito acima. Ele era uma figura militar e política poderosa, homem rico, de
relevante posição e poder. Ele portava lepra, que ameaçava provocar a perda de
tudo quanto estimava. Leprosos eram marginalizados de suas famílias e da
sociedade. No fim das contas, sofriam morte lenta, dolorosa e desgraçada.
Naamã ouviu a respeito
de um profeta em Israel que poderia curá-lo. Encontrou o profeta, e o profeta
lhe disse que, para ser curado, devia mergulhar sete vezes no rio Jordão. Naamã
ficou distante, esperando que seu poder lhe proporcionasse cura instantânea e
fácil. No fim, entretanto, reconheceu sua impotência, seguiu as instruções e
recuperou-se completamente.
Nossas “doenças”são tão
ameaçadoras como a lepra do tempo de Naamã. Elas nos separam lentamente de
nossa família e encaminham à destruição tudo que nos é importante. Não há cura
instantânea ou fácil. A única resposta consiste em admitir nossa impotência,
humilhar-nos e submeter-nos ao processo que poderá nos recuperar.